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quinta-feira, 16 de maio de 2013

O remédio.


Na literatura médica e no adágio popular consta que todo remédio e veneno.
As noticias que nos tem chegado sobre o desempenho da economia na comunidade européia não são nada alvissareiras e trazem no seu bojo uma certeza de que o pior ainda esta por vir.
O que será pior do que o desemprego, a falência das médias e pequenas empresas, o suicídio como solução para a dor, a fome, o desalento e a desesperança causada por uma política que só beneficia o sistema financeiro global?
Com certeza a guerra.
Vejo nas entrelinhas do que escrevem o do que dizem os senhores do poder uma constatação nua e crua. A Europa só conseguira sair da situação em que se encontra se tomar o caminho sonhado por alguns para a federalização como uma grande nação no modelo americano.
Com certeza este modelo é rejeitado pela maioria das nações européias.
Sob a bandeira da União Soviética estavam varias etnias, que foram subjugadas pelo poderio militar. Na primeira oportunidade cada uma delas buscou a sua independência e o mapa mundial mudou de feição de uma hora para outra.
Foram várias as nações que surgiram, seguindo as suas vocações históricas e lutando para se concretizarem como nação autônoma e independente.
A Europa já passou por esta experiência durante a segunda guerra mundial com vários países sendo anexados pelo III Reich, terminada a guerra e a derrota dos Nazistas, as nações retomaram o seu caminho histórico e nenhuma sequer, optou em permanecer sob o domínio Deutschland.
A tentativa de dominação pelo econômico, ou seja, a submissão dos países do bloco comum europeu as determinações econômicas da maior potencia entre eles, tem causado um mal irrecuperável no curto prazo.
As informações contidas nos principais jornais dizem que houve recessão inclusive na Alemanha.
É claro que a ordem de aumentar impostos e reduzir investimentos por exigência do sistema financeiro, que quer reaver ao menos parte do investimento feito durante a guerra fria, obriga as pessoas a esconderem o seu pouco dinheiro e só consumirem o básico. É obvio que sem consumo, há demanda excedente, ou retração no sistema produtivo, havendo retração no sistema produtivo há o que os economistas chamam de deflação e a consequente retração econômica.
A Srª. Merkel esta colhendo os frutos que plantou e provavelmente será derrotada nas eleições vindouras, porque o povo Alemão, ate então privilegiado com a “austeridade” do bloco comum europeu, já não tem compradores para os seus produtos e nem mesmo um esforço descomunal poderá recuperar mercados numa quantidade suficiente para manter o crescimento do seu parque fabril.
O remédio receitado não só vem aniquilando as economias de países como Grécia, Espanha, Portugal, Holanda, Itália, Finlândia entre outros, que  vão de mal a pior.
O desemprego na Espanha e Grécia esta na casa dos vinte e cinco por cento da população economicamente ativa, ou seja de cada quatro pessoas uma esta desempregada.
Se o Mercado Comum Europeu era necessário para proteger as nações europeias da invasão do poder americano pós segunda guerra, a quebradeira americana esta levando a falência o modelo europeu de desenvolvimento e de agregação de riquezas.
O remédio receitado excedeu a capacidade imunológica do paciente e este esta a beira do colapso total.







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