Recordar é viver, eu ontem sonhei com você.
Estava lembrando do que escrevi e postei ontem e diante do quadro
que se apresenta para os trabalhadores global cujo estado trabalha
freneticamente para retirar vantagens, aqui, ali e acolá.
Nestes dias o Congresso Nacional aprovou a tal de Medida
Provisória dos Portos, que entre suas linhas tira direito dos trabalhadores
portuários, já massacrados por leis anteriores de FHC. Vejam bem, quem tira
direito de trabalhador é o governo dos trabalhadores comandado pela Presidenta
Dilma, não é nenhum liberal ou social democrata equivocado, é uma petista de
ontem, mas é.
Esta coisa esta perfilada no mundo todo.
É ordem do sistema financeiro internacional; e ordem deve ser
cumprida.
Mas ontem me lembrei dos jovens, estudantes e trabalhadores
da marcha de paris em maio de 1968. A França parou. Ontem me lembrei da marcha
dos mais de cem mil estudantes brasileiros, entre eles muitos trabalhadores que
combatiam a repressão e a ditadura militar.
Ontem me lembrei de dizer aos que me lêem que nem tudo esta
perdido.
Lembrei de dizer aos trabalhadores de todas as partes e nações, os que realmente
produzem e ficam excluído das riquezas; nós ainda temos o nosso sopro de vida
para protestar contra o arbítrio e a violência do capital contra os trabalhadores.
Nestes dias os únicos que continuam a acumular em detrimento
da fome e da miséria que se espalhou é o um por cento mais ricos porque amealham
tudo o que os países produzem com a complacência de governos.
Lembrei ontem que contra o povo como massa nas ruas, não há força
que a debele.
Mas lembrei também que é necessário lideres com posições
firmes na condução dos processos e com carisma para conquistar a classe média
sempre relutante e na dúvida do que é melhor e acaba acompanhando o discurso
conservador, o menos arriscado e perigoso para a sua forma de viver, mesmo que
depois tenha que apelar para a solidariedade e buscar alimento nas filas das
bandejões.
Lembrei das eleições da Grécia onde a Syriza uma esquerda
radical, não manteve o discurso de maio e acabou perdendo eleitores, inclusive
para o partido neonazi, e a oportunidade de dar um chega pra lá para as políticas
conservadoras.
Lembrei do Partido Socialista Frances e a vitoria de Francois
Hollande, que deste então patina e não consegue desenvolver as políticas
sociais e econômica prometidas e tem contra si retumbante índices negativos de
aceitação.
Lembrei que estes fracassos abalam a moral do povo e de
nações inteiras.
Mas lembrei também que governar dentro do espectro do domínio
financeiro mundial é preciso muito mais que vontade, é necessário romper com o
velho sistema de denominação, estabelecer a democracia participativa e manter o
povo mobilizado na defesa de seus interesses.
Lembrei que é necessário dar um basta no sistema de
concentração de riquezas e instituir modelo em que a maior remuneração não
possa ser superior em mais de sete vezes a menor.
Lembrei que os sistemas ditos socialistas/comunistas são tão
nefastos como o sistema liberal, portanto é necessário com luta, ardor e muito
amor construir um sistema em que o estado intervirá permanentemente para manter
as paridades estabelecidas.
Dou a este sistema o nome de “solidarismo”.
Lembrei que isto é possível, desde que as nações assim o
queiram.
Lembrei do papel das lideranças operárias retirando o pelego
de sobre suas costas e partindo para o embate na defesa dos postulados
populares.
Lembrei que nós que trabalhamos devemos ter claro que não é a
riqueza do outro que queremos, devemos sim buscar aquilo que nos pertence que é
o suor do nosso trabalho que se esvai pelas políticas de um estado que esta a
serviço de poucos.
Finalmente lembrei que somos a única força em atuação que mantém a mola
propulsora do desenvolvimento, da autonomia e da liberdade.
Lembrei que eu e você, somos uma força que esta parada, temos
que colocá-la em movimento.
Não devemos esquecer que a liberdade só é exercitada com
condições, sem ela não existe liberdade.
Toquinho que canta estes versos: Recordar é viver, eu ontem sonhei com você diz ainda “Nega maluca
qual é o pente que te penteia”.
Lembro de dizer: Não é utopia, uma chapinha resolve.
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