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terça-feira, 30 de outubro de 2012

2ª Carta aos Trabalhadores Americanos

Prezados.

Dia destes tomei a liberdade de vos escrever oferecendo minha posição sobre as eleições Estadunidense.
Ocorre-me de dizer-lhes que o mundo ocidental atravessa uma das piores crises econômicas da história. E se há crise econômica a conta terá que ser paga com o sacrifício dos direitos laborais, conquistados ou concedidos em razão das políticas do “Welfare State” aplicados em toda a Europa e nos EE.UU.
Esta política vocês conhecem e a parte de sua supressão também.
Coincidentemente enquanto os Democratas querem ampliar estas conquistas os Republicanos, no governo, são instrumento para a sua eliminação.
Parece-nos que a fome, a miséria, a doença, a questão dos idosos, não são problemas dos americanos. Esqueceram das Sociedades de Socorros Mútuos cuja meta principal era enterrar seus mortos com dignidade. Isto nasceu nos EUA e é o berço do sindicalismo mundial.
Em 1972 uma liderança da AFL-CIO em visita ao Brasil fez no ICT-São Paulo uma palestra-aula onde disse que o maior problema do sindicalismo americano era conter a corrida interna do grande capital para estados onde os trabalhadores não estavam organizados.
Isto significava, menores salários, ausência de benefícios sociais, ausência de políticas de seguridade entre tantas outras, como redução nos direitos de férias.
Naquela época o capital americano, principalmente a Industria automobilística, visando maior lucro, deixavam os grandes centros como Detroit e iam para pequenos centros onde o trabalhador era desorganizado e desprotegido.
Junto com o grande capital representado pela indústria automobilística, foram o médio e até o pequeno.
Por incrível que pareça neste período os Republicanos estavam no poder.
Nos anos seguintes a queixa era contra a China e os países asiáticos com a sua mão de obra barata.
E lá se foi o grande capital, agora especulativo, associados a corporações financeiras produzir bens e serviços no território Chinês, alavancando a sua economia tornando-a pujante diante do mundo.
Nada contra os Chineses, nada contra a Globalização da Economia, mas tudo a favor da taxação do lucro e da grande riqueza como quer o Presidente Obama.
Os programas sociais mantidos pelo estado têm obrigatoriamente que ter uma fonte de financiamento.
Se o trabalhador de classe média alta, o que paga mais imposto já não tem garantia de emprego e necessita reforçar a sua poupança para tempos ruins; se o trabalhador de classe média/média já esta desempregado ou subempregado e o trabalhador de classe média baixa vive de auxílios do serviço social; A grande fonte de financiamento esta com os ricos que tem a obrigação moral de oferecerem aos mais pobres condições dignas de vida.
Só por isso, votaria no Obama fosse eleitor americano.
A questão da guerra, da industria armamentista, da escola pública, do serviço médico público torna-se secundário.
Me ocorre de citar um cientista social famoso, de nome Karel Kosik na sua obra "Dialética do Concreto" onde ele diz que as “condições” e que fazem de um humano, um ‘Ser”.
Ora sem “condições” de financiamento o Estado Americano, vai cada vez se tornar mais pobre e até dependente de outros estados. Creiam há muita gente querendo isto.
Nos primeiros dias do mês de novembro, haverá eleições para um novo período de governo. Cabe aos trabalhadores decidirem por qual caminho devem andar, se o que leva a melhoria da qualidade de vida, ou se o que vai tornar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres.
De um lado vocês  têm o Presidente Obama, de outro o Republicano Romney, o primeiro trabalha em defesa dos mais pobres e o segundo na pujança dos mais ricos. Não acredito que possa haver dúvidas para quem vive de salários. Obama é o melhor.






  

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