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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Tempos difíceis


Tenho me reservado o direito de ficar quieto quanto aos festejos de natal e de fim de ano, por questões dogmáticas já que Yaohushua (CRISTO) não nasceu em Dezembro e o misticismo toma conta dos festejos de final de ano.
Ambos, ao meu modesto sentimento, são uma afronta a inteligência humana, porque servem apenas de bordão para o consumismo inveterado, para a expropriação da economia popular e a corrupção nas festas de fim de ano promovidas pelo poder público, aqui, ali e acolá, além de dispersar o pensamento comum do único bem de propriedade dos sem posse, a ‘DIGNIDADE”.
Voltando a rotina dos dias que são contínuos. Não há intervalos de tempo entre os dias 31 de dezembro e o de 1º de janeiro, a vida continua com as dificuldades e as facilidades, depende de quem as vivem.
Não há nada de novo num intervalo de tempo tão curto; Mesmo numa memória fractal.
Portanto, me volto às questões do cotidiano.
Vivemos um período de pré-guerra, os povos inquietos pela usurpação dos seus direitos estão se armando de coragem para um enfrentamento difícil com os donos do poder mundial. Os movimentos populares já descobriram a residência dos senhores da guerra e deram o primeiro grito com o fora “Wall Street”.
A classe média mundial que depende dos salários para a sobrevivência e sendo ameaçada nos seus direitos avança ameaçadamente sobre os usurpadores das suas riquezas, do seu conforto, enfim, do seu “status quo”.
Ocorre que os donos da guerra têm meios, de ao menos, por certo tempo frear todo impulso libertador: Fazer com que os povos lutem entre si. Vamos dar uma olhadela na Ásia e nos povos do Oriente, estão em guerra a décadas pelos simples motivo de que há os que querem a autodeterminação dos seus povos e há os que preferem serem dependentes por que lucram as custas da miséria dos povos. Aqui não é diferente.  

O fracasso do movimento ultraconservador econômico, protagonizados pelo Thatcherismo, na Inglaterra e pelo Reaganismo nos Estados Unidos da América, deixou um vácuo no poder econômico e provoca graves crises como a que estamos atravessando.

Países da América Latina tem desenvolvido ações para o fortalecimento da democracia participativa e voltado suas ações para a distribuição de renda, a geração de emprego, o combate a inflação, o equilíbrio nas contas públicas e a flutuação da moeda.

No Brasil a posse de um operário na Presidência da República encaminhou o país nesta mesma direção, contudo refreou a participação popular nas questões decisórias nacionais e não se posicionou contra a desnacionalização da riqueza interna e na privatização de próprios públicos construídos com a poupança popular por longas décadas, pelo contrário tem ido além. Os reflexos desta política começam a se fazer sentir. Os novos proprietários dos sistema elétrico, telefônico, de transporte, da malha ferroviária que prestam serviços a população estão esperando por recursos públicos para fazerem novos investimentos. Ou seja, ficam com os ovos e deixam a galinha para a população tratar e ai, toda a infra estrutura vai de mal a pior e a população neste primeiro momento cobra do estado ações para resolver o problema.

Por isso e por outras razões vejo com preocupação os desdobramentos desta crise que se alonga porque não há solução a vista, o modelo se esgotou e o buraco negro da economia é capaz de envolver todos numa batalha sangrenta e cruel, mais cruel do que esta, com a retomada da fome e da miséria como já se vê em países do velho continente.

Eu mesmo lembrei ali atras o exemplo da Revolução Francesa, esqueci que os tempos são outros e que os senhores da guerra tem instrumentos poderosos para intervir aqui, ali e acolá.

Só vejo uma saída: Fazermos exatamente o que ensinou Yaohushua o CRISTO, usarmos nossa persistência e pacificamente irmos as ruas para exigir mudanças estruturais nos estados e que estes sirvam e sejam a proteção de todos, se não de todos, da grande maioria.

Vamos selar nosso destino. 


 

 

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