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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Já não estou só.


Como prenuncio de que movimentos novos estão a caminho, tenho me deparado com artigos de personagens de importância mundial falando do tema central que tenho abordado neste espaço.
Há até uma parecença entre o que escrevo e o que estão escrevendo.
Isto é um alento, porque já não me encontro solitário na argumentação de que o capital dominado por uns poucos vem empobrecendo bilhões de pessoas no mundo todo.
Ainda sou um dos poucos que defende a tese da retomada dos anéis.
O estado do bem estar social (Welfare State para os americanos e ingleses), (Den Zustand der Sozialhilfe para os alemães), (L'état de la protection sociale para os franceses) e (El estado de bienestar social para os países de língua espanhola),  funcionou muito bem durante o período que o leste europeu era dominado pelo sistema proletário de governo, ou como queiram bloco comunista.
Desmoronado aquele sistema e na ausência de paradigmas sociais, não há mais necessidade de se oferecer vantagens aos trabalhadores para compensar a ausência da igualdade.
O capital perdeu o rosto e seus capitães. O anonimato das empresas e seu capital aberto, tira do circuito os donos das empresas que são governadas por profissionais, não há quem atacar.
O sindicalismo com letra minúscula nunca, repito, nunca entendeu que o capital estava fazendo concessão via estado com suas leis e normais na esfera do trabalho.
Os sindicalistas transformaram-se em profissionais da mediação de conflitos e receberam a alcunha de pelegos, pois sua ação nunca foi de consolidar as conquistas, nem podiam, pois estas nunca existiram, repito, concessão não e conquistas.
Os Avanços nos benefícios sociais eram uma panacéia para o mal do socialismo cuja idéia se fortificou no período da segunda guerra mundial.
Trabalhadores daqui, dali e de acolá estavam no mesmo front e não raro podiam comparar suas rações diárias, suas vestimentas e até seus armamentos com a dos soldados russos e do bloco comunista.
Sem sombra de dúvidas os daqui, dali e de acolá eram pior em tudo.
Foi fácil entender que havia um engodo na mensagem midiática denegrindo a qualidade de vida dos trabalhadores do bloco comunista.
O convívio no mesmo campo de batalha e na mesma trincheira fez com que os daqui, dali e de acolá se sentissem enganados e ao regresso passaram a difundir as vantagens que os do bloco tinham sobre eles.
A idéia de uma pátria socialista tomou conta de todos os continentes. Coube aos capitalista reagirem e o fizeram rapidamente através dos sindicatos e do parlamento.
Leis foram votadas, a melhoria na qualidade de vida e de trabalho foi imediata, tanto que os do bloco comunistas foram superados.
As lideranças de lá não fizeram o que estava preconizada, ou seja: Era necessário fazer revoluções dentro da revolução, aperfeiçoar o sistema, manter viva a chama da revolução bolchevique.
Ao contrário, enfraqueceram o regime e a solução foi a dissolução do modelo de sociedade sem patrão e toda a riqueza acumulada em mais de setenta anos, acabou nas mãos de uns poucos e o povo russo voltou a não ter emprego, saúde e educação para todos.
E nós daqui, desde Margaret Thatcher e Ronald Reagan, passamos a ver nossas estruturas de defesa dos bens conquistados sendo paulatinamente colocado no ostracismo e violentamente combatido.
O trabalho passou a ser uma mercadoria sem valor e o trabalhador um ser inútil, imprestável, substituível toda vez que havia aumento nos valores da mão de obra.
As empresas passaram a buscar novos espaços para produzir onde não houvesse a organização sindical.
Só como exemplo Detroit deixou de ser o centro da indústria automobilística nos estados unidos e hoje as montadoras procuram regiões onde não existam operários organizados, aqui, ali e acolá.
Os estados alteraram suas normas jurídicas para beneficiar o capital. Agora mesmo na Europa, todos os países vem fazendo alterações e retirando benefícios dos trabalhadores.
Aqui no Brasil, desde os tempos de Collor de Mello, o estado vem atacando direitos adquiridos ao longo de décadas em nome da autossuficiência, principalmente os direitos previdenciários e o salário de aposentados e pensionistas esta sendo achatado vilmente.
Há porem um novo olhar no horizonte e creio que as populações de trabalhadores do mundo inteiro, levantarão a sua voz e ela será ouvida nos quatro quantos e nós voltaremos a ter nossa dignidade respeitada como nos ensinou Kant.



      





      



      

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