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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Alimentando a Esperança

Por entender que  e atualíssimo este artigo, republico-o. Penso no Natal a na fome daqueles que ainda não foram alcançados pelas políticas sociais do Governo. Faço um apanagio aos governantes pela coragem de enfrentarem a fúria dos segmentos detentores do poder que não se conformam com o resultado do voto popular que levou ao poder os atuais dirigentes e seu antecessor, todos voltados para a felicidade da nação sem medo de ser feliz. Que os trabalhadores deste universo vejam os exemplos e sigam-no.

As recentes amarguras e as agruras dos trabalhadores brasileiros foram anunciadas e iniciadas lá pela década de setenta com o impactante desenvolvimento de tecnologia, substituindo a mecanização e implantando a automação no sistema produtivo.
A máquina substituindo o homem, a tecnologia e o conhecimento expulsando das fábricas; por instrumentos inteligentes, capazes de produzirem quantidades infinitamente superiores, com custos operacionais muito inferiores, a mão de obra abundante e dita barata.
Este fenômeno sem paradigmas na história humana, colocou à margem da sociedade de consumo mais de trezentos milhões de famílias ou mais de um bilhão de pessoas de todas as idades.
Neste primeiro de maio, aproximadamente três milhões e meio de brasileiros, ou um milhão de famílias, não terão nada o que comemorar, até e porque, perderam a sua referência na história e o primeiro de maio nada mais é do que mais um dia de penúrias e um exercício macabro, uma espécie de vale tudo pela sobrevivência.
Olhar de longe este espectro social, de caráter sinistro, construir muros para se proteger, ou andar de helicópteros para não ter contato com esta marginália  dita infame e criminosa, esta ficando cada vez mais patente que não é a solução para o problema.
Não é da natureza humana, viver em áreas fechadas, cercadas por muros e grades eletrificadas, impeditivas e cerceadoras da liberdade da contemplação do artístico; do belo universo de cores e tons que a natureza oferece, nas suas paisagens efêmeras, nos rios e mares de cores e sons tranquilizantes  Privar-se deste conforto natural e o mesmo que não viver.
Pelo mínimo, estou entre os que assim pensam.
Neste complexo mundo de diferenças gritantes, uma voz soa como um saltério, cujas vibrações harmônicas sensibiliza até mesmo os desprovidos de musicalidade e seus acordes perpassa por toda uma nação e tem a capacidade de mobilizar outras vozes por todo o globo terrestre.
Eliminar a fome é a sua meta principal.
Tendo sido na infância e na adolescência vítima deste mal; como homem, como cidadão, diga-se, cidadania conquistada nas lides operárias, como líder operário e político, como Presidente escolhido pelo sentimento de esperança na construção de uma pátria livre, que semeou na alma de seu povo, assume o compromisso de eliminar a fome até o final do seu governo e dizendo isto chora, vertem pelo seu rosto as lágrimas de um sentimento puro e até ingênuo de amor por todos, oprimidos e opressores.
O seu mundo, não é um mundo de fantasias, já foi pensado, desenvolvido e transformado em mundo real.
O seu mundo é um mundo em construção, um mundo justo e fraterno, onde cada homem receberá segundo a sua necessidade e segundo a sua capacidade e neste contexto as desigualdades tenderão ao desaparecimento.
Haverá aqueles que resistirão, haverá aqueles que se oporão, estes serão vencidos, como vencidos foram os senhores feudais, como vencidos foram os escravistas, como vencidos foram os defensores de estados monocráticos e dos estados aristocráticos e a monarquia hoje, nada mais é do que um símbolo dos povos que fazem de homens seus deuses mortais, num mundo imaginário e abstrato que somente a cultura explica e justifica.
Nesta transição que vivemos, cabe reafirmar que a esperança esta vencendo o medo e que o solidarismo em construção é o caminho para um mundo de liberdades e de igualdades nunca vistos na nossa história.
O imperialismo fará ainda muitas vítimas, os povos sofrerão agressões de toda sorte, mas a vontade férrea e invencível dos povos juntará sua voz às vozes de saltério e a musicalidade por momentos será entrecortada por alaridos e, pelo processo de ressonância, será uníssono, parecendo, por momentos históricos como um grande gemido.
No entanto, aquilo que parecia ser não era, e o que não era tornou-se um mundo de homens livres e soberanos sobre a sua pátria e na construção de uma nova história.
Compartilhar deste sonho, construir este momento de eternidade; é alimentar a esperança e sobrepor-se, anulando o medo de viver feliz.

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